sábado, 12 de agosto de 2017

Suprematismo -Artes

SUPREMATISMO


É uma pintura com base nas formas geométricas planas, sem qualquer preocupação de representação. Os elementos principais são: retângulo, círculo, triângulo e cruz. É considerado a primeira escola sistemática de pintura abstrata do movimento moderno.
Seu desenvolvimento foi iniciado por volta de 1915 pelo pintor Kazimir Malevich. Em 1918, na mostra O Alvo, em Moscou, Malevitch expôs o Quadrado Preto sobre um Fundo Branco.
O manifesto do movimento, Do Cubismo ao Suprematismo, assinado em 1915 por Malevitch e pelo poeta russo Mayakovski, defendia a supremacia da sensibilidade sobre o próprio objeto. O essencial era a sensibilidade em si mesma, independentemente do meio de origem.
Quando da publicação do manifesto, Malevich já era um artista importante, tendo participado, com trabalhos cubofuturistas, das mostras coletivas do grupo Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), em Munique, e do Rabo do Burro, em Moscou, ambas em 1912, sendo esta última concebida como a primeira ruptura consciente dos artistas russos com a Europa e a afirmação de uma escola russa, independente.
As pesquisas formais levaram ao aparecimento dos movimentos artísticos de vanguardas russas do começo do século XX, o raionismo (ou raísmo) de Mikhail Larionov (1881-1964) e Natalia Goncharova (1881-1962) e o construtivismo de Vladimir Tatlin (1885-1953), a proliferação de novas formas artísticas em pintura, poesia e teatro, bem como um renovado interesse pela tradição da arte folclórica russa, constituíam o ambiente de grande efervescência ideológica e artística pré-revolucionária em que Malevich vai defender uma arte livre de finalidades práticas e comprometida com a pura visualidade plástica.
De acordo com Malevich, o Suprematismo era um sistema filosófico de cores construídas no tempo e no espaço. Seu espaço era intuitivo, no qual se insinuam tanto tons científicos quanto místicos.
A descrição de Malevich sobre seu quadro “Quadrilátero Preto” representa muito sobre a teoria do Suprematismo: a superfície lisa representa volume, profundidade e perspectiva como um meio de definir o espaço; cada lado ou ponto representa uma das três dimensões, e o quarto lado representa a quarta dimensão, o tempo. Como o próprio universo, a superfície preta seria infinita se não fosse delimitada por uma fronteira exterior que é a borda branca e o formato dela.
O Quadrilátero Preto constitui, dessa forma, a primeira definição satisfatória, visual e conceitualmente, do tempo e do espaço na arte moderna. Como a fórmula de Einstein, E = mc2, para a teoria da relatividade, que Malevich certamente conhecia.
O auge do suprematismo chegou ao fim nos últimos anos da década de 1910. Refletindo a crescente diversidade e fragmentação da arte russa, seus seguidores voltaram-se para outros movimentos, principalmente para o Construtivismo, liderado por Vladimir Tatlin.
Os principais expoentes desse movimento foram os artistas:
Kazimir Malevich (1878-1935) pintor russo, fundador da corrente suprematista, suas ideias sobre as formas e significados da arte acabaria por constituir as bases teóricas de não-objetiva da arte abstrata. Trabalhou em uma variedade de estilos, mas suas obras mais famosas se concentram na exploração de formas puras geométricas (quadrados, triângulos, círculos e cruzes) e suas relações entre si e dentro do espaço pictórico. Por causa de seus contatos no Ocidente, Malevich foi capaz de transmitir suas ideias sobre a pintura de seus colegas artistas na Europa e nos Estados Unidos, influenciando profundamente a evolução da arte moderna.
Malevich procurou sempre elaborar composições puras e cerebrais, destituídas de toda sensualidade. O “Quadro negro sobre fundo branco” constituiu uma ruptura radical com a arte da época. Pintado entre 1913 e 1915, compõe-se apenas de dois quadrados, um dentro do outro, com os lados paralelos aos da tela. A problemática dessa composição seria novamente abordada no “Quadro branco sobre fundo branco” (1918), hoje no MoMA, em Nova York. Dizia que as aparências exteriores da natureza não tinham para ele nenhum interesse, o essencial era a sensibilidade, livre das impurezas que envolviam a representação do objeto, mais do que isso, que envolviam a própria percepção do objeto.

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