sábado, 12 de agosto de 2017

Consumo e Consumismo -Atualidades

Consumo e Consumismo


Você sabe qual a diferença entre consumo e consumismo?

No consumo, a compra está diretamente relacionada com necessidade ou sobrevivência. Já no consumismo, quem adquire não precisa e o produto não tem utilidade imediata. Em alguns casos, o consumismo pode ser considerado doentio quando o ato de comprar está ligado a ansiedade e satisfação, onde o consumo se torna uma compulsão
A tendência pela compulsão tem suas origens após os eventos da Revolução Industrial, onde os processos de produção e circulação de bens foram potencializados. Com esse avanço, as pessoas se distanciaram do conhecimento em relação aos meios de produção e se tornaram alienadas. E está na alienação a principal dimensão do consumismo: compra desvinculada da necessidade e desconhecimento entre a relação do valor de compra e de uso.
Podemos destacar também historicamente a possibilidade de poder, já que por muitos anos o consumo era privilégio das classes mais ricas. O desenvolvimento econômico, juntamente com a produção e a publicidade nivelam atualmente os desejos de crianças e adultos. A criação e a valorização de padrões de comportamento de sucesso e vida bem-sucedida, reforçados e apresentados pela mídia, faz com que pessoas de classes sociais distintas tenham as mesmas vontades e o investimento de esforços para adquirir bens que não precisam.
É importante discutir a questão do consumismo especialmente com crianças e adolescentes.

  • Consumo Infantil


O consumo infantil vem crescendo rapidamente. Além das propagandas que fazem despertar o interesse pelos produtos nos pequenos, há o fator onde os pais são facilmente influenciados e perdem o controle em relação aos pedidos e exigência dos filhos. A época de natal, por exemplo, é onde o consumismo infantil mais aparece, as lojas ficam lotadas de pais saciando os pedidos de seus filhos.
A orientação deve vir por parte dos adultos, onde a criança é ensinada sobre limites, a se fazer a pergunta “eu realmente preciso disso?”, controle financeiro e até mesmo a saúde mental e física. O bombardeio do consumismo nas crianças deixa a árdua tarefa de que é essencial ser o que é.
Nessa faixa etária é normal a fase da aceitação de grupo, competividade e desejar os produtos que “todo mundo tem” aumenta o consumo em uma forma de inserção social, onde a criança “necessita” tais brinquedos, passeios, roupas e sapatos específicos por influência de um determinado grupo.
O consumo consciente e responsável pode ser ensinado as crianças, independentemente da idade. Além de ensiná-las a adquirir produtos de qualidade e de acordo com as necessidades a fim de não desperdiçar, mas economizar dinheiro.
O valor passado de pais para filhos é essencial. Se o pai for consumista, provavelmente o filho seguirá os mesmos passos. Se o pai for econômico, o filho futuramente saberá administrar, planejar e investir naquilo que for fundamental.
Algumas medidas podem ser tomadas quando o assunto é consumir. A primeira delas é; saiba dizer “não”, ensine a criança que antes de gastar o dinheiro é preciso ganhá-lo (explique o valor do trabalho), deixe-a participar de momentos em família, como ir ao supermercado. Antes de sair para as compras faça anotações com a criança do que estão realmente precisando e a deixe administrar e negociar pequenas compras, obviamente com supervisão.

  • Consumo Consciente


Consumir não envolve apenas a aquisição de produtos, é relacionada também a: o que consumir, porque consumir, como consumir e de quem consumir. Claro que também entra o uso e descarte do produto adquirido.
O consumidor consciente visa não apenas a satisfação pessoal, mas também a sustentabilidade. Prescreve as consequências de seu consumo de forma positiva e minimiza o impacto na sociedade e no meio ambiente em suas relações sociais, econômicas e de natureza.
A forma de consumo consciente pode ser praticada no dia a dia, em pequenos gestos que leve, os impactos da compra, uso ou descarte dos produtos. Portanto, a conscientização não se trata de fazer sacrifícios, mas sim de ter consciência do que se pode mudar, mesmo que se já gradativamente, em hábitos que são onerosos para a sua vida, de outras pessoas e do planeta, em âmbito geral.


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