Artes e Atualidades
Giacomo Balla - Futurismo
Giacomo Balla nasceu em Turim, na região do Piemonte, em 18 de julho de 1871 e era filho de um fotógrafo.
Já como um adolescente Giacomo Balla tinha mostrado uma predileção por arte, aproximando-se do violino, mas desistiu da música para a pintura e desenho. Enquanto isso, seu pai transmitiu sua paixão pela fotografia, iniciando-o na técnica que seria fundamental para a sua formação. Em 1891, Giacomo Balla decidiu frequentar a Academia Albertina e o Liceu de Artes de Turim, onde estudou perspectiva, anatomia e composição geométrica, e exibiu seu trabalho pela primeira vez.
Ele estudou na Universidade de Turim com Cesare Lombroso em 1892. Em 1895, Balla deixou de Turim para se estabelecer em Roma, onde trabalhou muitas vezes como ilustrador, caricaturista e pintor de retratos. Em 1899, seu trabalho foi aceito na Bienal de Veneza e na exposição internacional na Sociedade dos Amantes da Cultura das Belas Artes em Roma, onde ele exibiu regularmente durante dez anos.
Na capital italiana, ele era um avant-garde da nova técnica pontilhista, que logo encontrou um bom número de estudantes. Em 1897, ele se envolveu com Elisa Marcucci, irmã de Alexander, um amigo de Cambellotti.
Por volta de 1903, ele começou a ensinar as técnicas da pintura divisionista para Umberto Boccioni e Gino Severini. Influenciado por Filippo Tommaso Marinetti, Giacomo Balla adota o estilo futurista, criando uma representação pictórica de luz, movimento e velocidade. Ele foi signatário do Manifesto Futurista, em 1910, com Boccioni, Carlo Carrà, Luigi Russolo e Gino Severini. Começou também a desenhar e pintar móveis futuristas, também criado vestuário futurista “antineutral”.
Em 1912, ele viajou para Londres e para Düsseldorf onde ele começou a pintar seus estudos abstratos. Em 1913, Balla participou de exibições em Berlim e em Rotterdam. Na pintura, o seu novo estilo é demonstrado no dinamismo de um cão na coleira (1912). Outro trabalho conhecido, é intitulado “Velocidade Abstrata + Som”. Em 1914, Balla também começou a esculpir, e no ano seguinte, criou a escultura conhecida, Punho de Boccioni.
Ele também desenhou cenários para balé de Igor Stravinsky, em 1917, encenada no Teatro Costanzi, em Roma. Criou móveis e acessórios e até mesmo participou das sequências da filmagem junto com Marinetti.
Em outubro de 1918, ele publicou o “Manifesto da Cor”, onde analisou o papel da cor na pintura de vanguarda. Durante a I Guerra Mundial, o estúdio dos Balla Tornou-se o ponto de encontro para jovens artistas. Até o final da guerra, o movimento futurista mostrou sinais de declínio.
Com Fortunato Depero, Balla escreveu o manifesto Reconstrução Futurista do Universo em 1915. Nesse mesmo ano, ele teve primeira exposição solo na Sociedade Italiana Lâmpada Elétrica “Z” e na Sala de Arte A. Angelelli em Roma. Seu trabalho também foi exibido na Exposição Internacional Pacífico-Panamá em São Francisco. Em 1918, ele desistiu de expor na Casa de Arte Bragaglia em Roma.
Balla continuou a exibir na Europa e nos Estados Unidos. Em 1935, ele foi tornou-se um membro da Academia de San Luca, em Roma. Em 1955, Balla participou da Documenta em Kassel, Alemanha. Ele faleceu em 01 de março de 1958 na cidade de Roma.
Fonte: História da arte.com.br
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